Verde, da cor do mar em dia de tempestade. Triste e misterioso. Sombrio até eu diria... E eu sinto o peso desse olhar verde. Mesmo quando não o via, sabia que estava a me olhar, nesse verde azul cinza* escuro... Que me escolheu na chuva e no vento, fingiu dormir por um momento, riu da minha autoridade, achou graça ao me ver sem graça... Quebrou todas as regras, despiu minha vaidade! Tão verde ainda, tão simples... Como os acordes repetidos nas cordas que choram. E que se repetem, se repetem, e repetem, num transe quase sem fim. E quando acaba, fez-se a mágica! E a mágica é sempre uma melodia triste... E essa tristeza combina com o olhar verde, que a essa altura, já perdido e vermelho, por sua vez, combina comigo. E se esconde de novo... E eu já não procuro... Mas daria o meu reino, todos os meus reinos, em troca de algumas linhas daquelas...
(III, da série idéia fixa, dazantigas) a continuar...
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