quarta-feira, 6 de maio de 2009

A arte de fazer escolhas


Queria saber quem inventou a idéia de que a "vida é feita de escolhas". Porque tem sempre que ser "ou" isto "ou" aquilo, "ou" ainda aquele outro. Porque a gente tem sempre que saber se casa ou se compra uma bicicleta... Será que não dá pra se ser feliz casado e andando de bike? A natureza nunca vi escolher nada... As coisas são e pronto. Eu acho que fazer escolhas é uma arte, que eu, particularmente, não domino... Tive de nessa vida, nascer libriana, e incorporar a balança! Só que a minha é um tanto quanto desajustada... Está sempre só pesando, ponderando... E eu termino escolhendo tudo, ou se preferir, não escolhendo nada... Porque escolher uma coisa implica em abrir mão de outra coisa. Essa é a parte difícil. "Ou" você fica do lado de dentro, "ou" você fica do lado de fora... Porra! E por que raios a porta não pode ficar aberta, para entrar e sair à mercê das vontades??? Agora faz calor, quero estar fora, mas depois, se esfriar, hei de querer estar dentro... Porque tem que escolher agora? E quando as opções são "o ruim" e o "pior ainda"? Eu morria de pena da Dorothy (do Mágico de Oz) que tinha que escolher entre a Bruxa Má do Leste e a Bruxa Má do Oeste... "- Dorothy, volta pra casa, dorme mais um pouco e depois você sai..." Mas depois fica tudo bem, porque ela acorda e vê que tudo não passou de um sonho...Um pesadelo - que seja - uma realidade paralela... Mas aqui no mundo não é assim... E são tantas as opções que eu nem sei o que querer, e quando eu penso que enfim escolhi, aparece ainda uma nova opção nova! Eu sou aquela que sai para comprar um sapato, mas no caminho se depara com uma loja de bolsas... Entra na loja, e compra uma bolsa, ou duas. Sai feliz da vida com a bolsa nova... esquecida do sapato. Sapato, que sapato? Aquele, que só vai lembrar quando chegar em casa, e for vestir aquela calça, que não tem um sapato (no meio dos sabe-se lá quantos pares) que combine! E vai querer o sapato. Mas que não vai se arrepender da bolsa, vai sair de novo e comprar o sapato... Mesmo já tendo gasto o $ na bolsa. Porque não dá para escolher entre sapato e bolsa. Assim como não dá para escolher "pé direito" ou "pé esquerdo", tem sempre que sair todo dia com os dois... Eu funciono (ou não) mais ou menos assim. Quero varar a noite em claro, e no dia seguinte, estar nova, como a que acorda de um sono profundo. Quero que faça sol quando chove muito e que chova quando está sol demais. Quero um chá bem quente e forte, de todos os sabores que tiver, só para no meio da mistura, separar cada aroma, um por um... Não dá pra ficar escolhendo entre uma coisa e outra, e eu assumo: sou da turma do "um é pouco, dois é bom, e três é melhor ainda". E, equanto eu puder, acho que vou continuar sendo... E quem não quiser que escolha por mim! Sem perguntas difíceis, nem explicações demoradas... Eu passo a bola - fico com a parte que me cabe... Seja ela qual for. E se não for também, tudo bem. Porque como já disse um dia a Florbela "o meu reino fica para além"!!!
E eu hoje vou passear!

Um comentário:

  1. Muié...vc é libriana e librianos sempre buscam a estabilidade, mais raramente conseguem...huahuahua...Sabe de uma coisa, a vida nos coloca nos caminhos certos, por mais que achamos que não seja...o problema que teimamos em não aceitar o que nos ocorre...as trilhas que somos lançados...normal....

    Beijos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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