quarta-feira, 22 de abril de 2009

Tempestade!



Amanhã faz um mês o EUNACHUVA, mas eu apressadinha, vou postar agora a poesia, que seria de amanhã, sem métrica nem muita rima, sem parâmetros, meio como estou hoje:


Tempestade!

Choveu!
Choveu e mudou tudo...
De novo, mais uma vez...
Eu que não me acostumo
com esse meu humor de tempestade!
Ora chorando rios (que eu mesma inventei)
ora sorrindo montanhas
mas sempre, sempre passeando...
À beira do absimo!

Choveu!
Mudou tudo...
Molhou o esquema
pensamento, ficou mudo.

Choveu!
Choveu e não parou mais...
E eu fiquei contando gotas,
assistindo relâmpagos,
escutando trovões...

Choveu!
Choveu muito e ainda chove...
Molhou tudo...
E eu, sem guarda-chuva!
Molhada e com frio...
Pensamento foi à mil.

Choveu!
E há de chover mais...
E eu vou pisando nas poças,
sem nem olhar pra trás...

Vou pingando meus versos,
inundando as idéias,
vendo a enchente transbordar...
Esses meus versos feitos de água,
não tarda o sol virá secar.
Versos líquidos, escorregadios
teimam em me escapar...
E eu só de teimosia, escrevo.

Choveu!
Choveu, molhou o asfalto
e eu queria andar de skate...
Sentir o vento no cabelo,
bem forte!
Vento frio, que quase corta
quase incomoda... quase...
E arrasta com ele os meus versos,
fazendo-me livre!
Livre de mim mesma...
Vazia de idéias.
Pelo menos um pouco...
Uma paz efêmera que às vezes falta...

Mas choveu!
Choveu, e não rolou...
E eu bem que gostei:
porque umas coisas a água levou
e as que eu queria segurei...

E não poderia ter sido diferente,
se fosse não era eu.
Não era eu, na chuva!

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