"Leste os meus versos? Leste? E adivinhaste
O ecncanto supremo que os ditou?
Acaso quando os leste, imaginaste
Que era teu esse olhar que os inspirou?
Adivinhaste? Eu não posso acreditar
Que adivinhasses, vês? (...)"
(Os Meus Versos, Florbela Espanca em "O Livro D'ele" 1915 - 1917)
Comecei este livrinho hoje... Abre o livro novo, lê a dedicatória, fecha o livro. Abre de novo, para ler um poema ao acaso. O acaso escolhe este. Eu definitivamente não acredito em acasos...
Eu então, escolho este outro:
"Acreditar em mulheres
É coisa que ninguém faz;
Tudo quanto amor constrói
A inconstância desfaz.
Hoje amam, amanhã 'squecem,
Ora dores, ora alegrias;
E o seu eternamente
Dura sempre uns oito dias!..."
(Verdades Cruéis, em "Trocando Olhares" 1915 - 1917)
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