segunda-feira, 27 de abril de 2009

o soneto voador

(img: rumen dragostinov)




Vou ter agora com a sorte
deixo o rico, e o que gosta de mim,
desfaço do mais belo e do mais forte
para escolher então assim...

Eu quero hoje o mais à toa,
qualquer um que não me queira tanto...
Qualquer perda que não doa,
para que possa acabar sem pranto.

Quero um que voe bem alto comigo
Nos meus vôos noturnos, ave de rapina
para lembrar que ainda sou menina...

Que seja um homem pássaro, voador!
Que já me cansei desses felinos...
Não sabem ser homens... são apenas meninos...

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