E foi assim que eles juntaram os astros...
O barulho, atravessando as paredes,
dois corpos ocupando o mesmo espaço.
Ela terá de se acostumar: há de ser sempre forte assim.
Ele terá de de satisfazer: há de nunca chegar o fim.
Ela, só o deixa sair se for para voltar - depressa.
Ele, só dorme se for para ela o acordar - com pressa.
Noite adentro, tão fundo quanto se pode ir...
Tão quente quanto se pode suportar...
Amor bruto, que chega a ferir.
Incandescente, chega a queimar.
Intenso.
O ar, quase palpável, denso.
O sol começa a sair - que dia! Mas a lua insiste em ficar...
A noite, insaciável como os dois, não sabia terminar.
Ela ensaia despertar.
Ele aperta o abraço, não a deixa levantar.
(Fecha os olhos que ainda é noite,
há muito ainda por vir, tão cedo não há de acabar...)
...e com toda urgência agora,
porém sem pressa nenhuma,
ela espera o próximo eclipse...
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