domingo, 19 de abril de 2009

Escrevo por escrever, para não ser lida, para não ler. As frases que me ocorrem pesam - livro-me delas sem perceber. Vou escrevendo verdades e mentiras, poesia e invenção. Vou juntando as palavras, e as palavras apenas são.

...

Escrevo desde que me dou por gente, desde que aprendi a escrever. E isso foi muito cedo, antes de ir para a escola. Fui "alfabetizada" (odeio essa palavra) em casa, por minha avó, que era professora. Ela me ensinou a "fazer as letras" e a juntá-las, para "fazer palavras". Aprendi a escrever livre, escrever o que eu quisesse, sem ter que copiar da lousa, escrever ditado, sem caderno de caligrafia... E as coisas de criança pequena que eu pensava, com as letras desenhadas (porque era mais desenho que escrita ainda) eu escrevia. E eram coisas bonitas... Minha avó gostava - guardou-as a vida toda, e hoje são minhas de volta. Que saudades... E eu ia desenhando textos, as letras de forma grandes e tortas! Quanto papel eu gastava! E gostava de escrever em outras coisas também: panos, paredes, móveis... Ainda bem que hoje tenho este blog, e uns cadernos...
Ainda bem...

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