quinta-feira, 23 de abril de 2009

A Arte de Amar

(Toulouse Lautrec, "The Kiss" 1892)

"Mais violentamente o Amor me transpasse, mais violentamente ele me abrase, melhor saberei me vingar das feridas que ele me fez."

...esse é o Ovídio, que já citei aqui, dentro de uma outra citação... e agora citarei por mim mesma... os meus preferidos! Tão antigo, tão atual, tão espiral, infinito...


"Nada é tão bom quanto o que é vergonhoso; cada um só pensa em seu prazer, e até aquele que procura fazer o outro sofrer tem seu charme. Que escândalo!"

"Frequentemente, com a aproximação do outono, quando o ano está na sua mais bela época, quando as uvas ficam cheias de um suco acobreado, quase vermelho, quando sentimos aos poucos um frio que nos aperta ou um calor que nos distende, esta inconstância de temperatura fatiga o corpo."

"Poucos prazeres e muitas penas, eis o quinhão dos amantes: que eles preparem sua alma para numerosas provas."

"Perigosa é minha empreitada, mas, sem perigo não há mérito."

"Não há amor que ceda lugar a um outo amor que o substitui."

"Há remédios que não podem ser impostos, mas que, quase sempre, tomados por casao podem ser úteis."

"O vinho predispõe nossa alma para o amor, se não o tomarmos demais, e que nossos sentidos, afogados por abundantes libações, não fiquem entorpecidos. O vento alimenta o fogo, o vento o apaga; ligeira, uma brisa alimenta a chama; muito forte, ela a sufoca. Mas nenhuma embriaguez, ou uma embriaguez tal que leve todas as inquietações amorosas; um estado intermediário é perigoso."

(Ovídio - 43 a.C. a 17 d.C. / em "A Arte de Amar" )

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