quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Ensaio sobre a Mentira / PIA FRAUS

PIA FRAUS: do latim "uma mentira contada com boas intenções" Todo mundo mente, todos os dias. Sim, todo mundo, sem exceções. A vida não seria possível sem as mentiras. As pequenas, as grandes as boas e as ruins. Mas quando uma mentira é necessária? E quando é aceitável? Não questionarei quando uma é perdoável... perdão não é a questão, e não vem ao caso. Nem por acaso... Alguém disse uma vez, que "se você quiser eu posso acreditar em tudo que você disser..." Será que podia mesmo? Duvido. Acho que foi só para rimar, e encaixar na melodia, combinar com o solo de guitarra, com o som da Chuva que Cai... sei lá... Acontece que mentir, assim como fazer escolhas, é uma arte. Só que essa eu domino bem! Tiro de letra, desde criança... Mentir é inventar verdades, as suas verdades. E quem mente, o faz por conhecer o efeito da verdade em quem ouve. Ou por pensar que conhece... Ou por pensar que quem ouve acredita. Muita gente (importante) já filosofou sobre a mentira, a favor ou contra ela... Kant, Aristóteles, Platão (com quem corcordo plenamente), e outros por aí afora... E nunca se chegou a nehuma conclusão... Nem seria preciso. A mentira faz parte da vida, e vai ser assim sempre. Uns mentindo, uns acreditando, outros nem tanto, e outros duvidando. E todo mundo mente mesmo. E todo mundo vai mentir sempre... As minhas mentiras, particularmente e modéstia à parte, são muito boas. Que eu me lembre, de tão boas, tornaram-se verdades absolutas. Porque eu minto sem subestimar a inteligência das pessoas... mesmo daquelas que não têm quase nenhuma... Eu minto fiel e francamente, e me dou ao trabalho de inventar verdades elaboradas, já que a intenção é que acreditem. E sempre dá certo... Então, se algum dia você ouvir ou ler alguma mentira minha, pode acreditar! Se bem que você não saberia ser uma mentira... Eu não ligo que mintam para mim - desde que eu consiga, "sem esforços", acreditar. "Mentiras sinceras me interessam" também... O bom mentiroso é inteligente, inteligentíssimo... mas tenho uma ponta (bem pequena) de pena dos maus... porque uma mentira "mais ou menos" beira o ridículo... mentir para ser descoberto, melhor falar a verdade logo então... E uma coisa eu aprendi: "VAI MENTIR PRA MENTIROSO? ENTÃO CAPRICHA!"
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"Abro o jogo!
Só não conto os fatos de minha vida:
sou secreta por natureza.
Há verdades que nem a Deus eu
contei. E nem a mim mesma. Sou
um segredo fechado a sete chaves.
Por favor me poupem".

(Lispector)

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