VI
(...)
Teu recesso.
Teu encostar-se
Às duras paredes
De tua sede.
Teu vício de palavras.
Teu silêncio de facas.
As nuas molduras
De tua alma.
Teu magro corpo
De pensadas asas.
Meu verso cobrindo
Inocências passadas.
Tuas.
Imagina-te a mim
A teu lado inocente
A mim, e a essa mistura
De piedosa, erudita, vadia
E tão indiferente.
Tu sabes
(...)
Hilda Hilst, em POEMAS MALDITOS, GOZOSOS E DEVOTOS
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário