terça-feira, 28 de dezembro de 2010

do Amor

Este estranho, que vivo procurando, tempos afora, noites adentro. Este velho conhecido distante, que eu nunca alcanço, pois estou sempre olhando à frente, enquanto ele me persegue. Acho que é ele, o Amor, que me acorda todas as manhãs com o mesmo encanto da primeira, e ainda serve meu café na cama depois do meio dia. E nas noites muito quietas, quando não durmo, me faz companhia em silêncio. E não enxuga minhas lágrimas nem pede que eu não as derrame. Me aceita, com lágrimas e tudo, de onde quer que elas venham. E de alguma forma, me adormece. Que é tão fácil, que eu descreio, e recuso. E de tão simples, eu torno confuso. O Amor... que eu busco sabendo já me encontrou, que ainda espero que venha seja lá de onde for, e que chegue e se anuncie. Então, quem sabe, eu ainda duvide. E continue minha caçada solitária e sem presa. Na eterna espreita de alvo que queria ser flecha.

que o meu amor não tem tempo
embora às vezes passe da hora

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