sexta-feira, 9 de abril de 2010

de nós

(...)

O sol a rir…Vivalma…Não esboço
Um gesto que me não sinta esvaecer…

As tuas mãos tacteiam-me a tremer…
Meu corpo de âmbar, harmonioso e moço,
É como um jasmineiro em alvoroço
Ébrio de sol, de aroma, de prazer!

Cerro um pouco o olhar, onde subsiste
Um romântico apelo vago e mudo
– Um grande amor é sempre grave e triste.

(...)


Florbela Espanca, em "Toledo"

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