"Porque não suportava mais todas aquelas coisas por dentro e ainda por cima o quase-amor e a confusão e o medo puro (...)
O outro, outra vez. A voz do outro, a respiração do outro, a saudade do outro, o silêncio do outro.
O trânsito, a chuva, o calor, o sono, o cansaço. O medo, não. O medo não diziam.
Sim, afligia muito querer e não ter. Ou não querer e ter. Ou não querer e não ter. Ou querer e ter. Ou qualquer outra enfim dessas combinações entre os quereres e os teres de cada um, afligia tanto."
(Caio Fernando Abreu)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário