quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

o outro, outra vez

"Porque não suportava mais todas aquelas coisas por dentro e ainda por cima o quase-amor e a confusão e o medo puro (...)
O outro, outra vez. A voz do outro, a respiração do outro, a saudade do outro, o silêncio do outro.
O trânsito, a chuva, o calor, o sono, o cansaço. O medo, não. O medo não diziam.
Sim, afligia muito querer e não ter. Ou não querer e ter. Ou não querer e não ter. Ou querer e ter. Ou qualquer outra enfim dessas combinações entre os quereres e os teres de cada um, afligia tanto."

(Caio Fernando Abreu)

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