Como se as palavras não fossem necessárias, ela não atende o telefone. Um milhão de possibilidades de diálogos ignorados.
Como se o silêncio não bastasse, ele insiste, liga de novo.
Ela atende. E escolhe palavras para dizer o que não queria. E ele ouve atentamente o que não precisava.
Saudades apenas - era antes... agora, misturada com alguma outra coisa que não se pode decifrar. E aperta... Ele quer, mesmo sem aceitar. Ela quer mais, mesmo sem saber. E sem ele merecer. É o que ela merece.
Os olhos se encontraram pouco, e sempre em erro, por acaso. Em algum instante perdido, numa falta absoluta de sincronia... Tudo que ela disse foi para ele ouvir. Tudo que ele fez, foi para ela ver. E foi tudo ao contrário. Esquerdos, fizeram tudo errado, de novo.
E o que seria mais uma noite sem fim, vira fumaça. E chove. Chove, para suprir a falta d'água nos olhos dela, dessa vez. Ele não tem culpa.
E mais uma vez, como se as palavras não fossem necessárias - e não são - eles vão em silêncio. E não basta...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário