Sampa afogada
Primeiro, tira a mata.
Depois, joga a bosta
Nos rios e põe os
Riachos em canos.
E para completar,
Com o passar dos anos,
Asfalta tudo.
Mas não está pronta
A obra.
Rasga túneis, avenidas,
(foda-se a pedestre vida!)
Ver se espaço para mais carros
Ainda sobra.
E finalmente,
Se já lotou,
Cimentar as marginais.
Pronto, agora Sampa parou.
(Ulisses Tavares)
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