sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

quando o mundo gira-gira II

Chove. Como sempre...
Chove como sempre chove, e eu, como sempre, escrevo.
O som das gotas cantando lá fora parece o som dos meus dedos dançando no teclado aqui dentro... é música! A música, que sobra, transformada em falta.
E faltando, deixo perder, pois perdendo, posso encontrar.
A chuva não para a música, que me separa das palavras sem ritmo.
Dessa vez passou. Pensei que era e não foi. Mas passou, e acordei sem. Não fez falta, deixei acabar. Bom que não fosse mesmo... Que o mundo ainda está a girar.
Tudo em volta rodava quando acordei...
E assim, soube que ainda era eu, e que era chegado o fim.
A fila que ande para os outros, que o mundo gira para mim!

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