quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

poesia concreta


Quero ser livre da hora,
livre do agora,
livre do tempo,
do ontem, do amanhã.
Quero ser livre no corpo,
livre no gosto,
livre no toque,
no pecado da maçã.
O desejo é irreversível,
a paixão visível,
orvalho, aroma fresco de hortelã...
Meu verbo rasga a noite
anunciando o clarão
Poeira se levanta
Movimento se lança
Quando miro os olhos na imensidão...
Sinto o vento na cara
e o tempo não pára
Sinto o tempo na cara
e o vento não pára
Para acordar
Preciso sonhar
No ar, voar, contemplar
No chão, andar, rastejar

(Cacau Brasil / "omisteriootempoempoesias")

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