terça-feira, 29 de dezembro de 2009

dos sentidos

Eu acordei, e ainda sinto teu cheiro doce no meu cabelo. E teu gosto salgado na boca. Algumas palavras da noite, que reverberavam de manhã, e a tua respiração quente, em mim... Acordei sozinha, impregnada de você. E repeti para mim mesma tudo que quiseste ouvir e eu não disse... Repeti para ter certeza... Como se precisasse...
E tua mão apertando a minha com força, com pressa... e o peso do teu olhar no escuro, velando meu sono, indagando meu sonho... E janelas querendo nos decifrar através da cortina de chuva... Noite sem fim.
Não prometa, amor, nem peça nada.
Sejamos apenas, sem juras, sem rótulos - somos mais...
Não quero saber, não preciso entender.
Sinto-te, e me basta.
E nada mais importa. Desde que não acabe.

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