um poema sinuoso, curvo,
como um passeio pela tarde...
o sol se pondo entre jardins emaranhados,
quase um labirinto...
para nos perdermos de nós
para ainda não nos termos,
nos acharmos num mundo
que só existe se estamos a sós
onde muito tempo é um segundo
e quase nada é tão veloz...
um poema curvilíneo
indeciso e oscilante
como nós quando muito próximos...
escrevo para quando não me encaras
nestas tardes, que vens fora do tempo
e vais antes da hora
fingindo não ser meu...
um poema meu é muito pouco...
mal cabe tanto encanto
quem sabe um caderno teu
perdido em algum canto
onde eu more nas palavras
que folheias de quando em quando?
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