sábado, 27 de novembro de 2010

o soneto que não queria ser escrito


O poema que eu guardava no peito

Cujas palavras sempre davam defeito

Que nunca esperava ser escrito

Hoje escapa como que um grito


Os versos que ficavam sem rima

Formaram pares com a linha de cima

Das rosas tirei todos espinhos

E do vento fiz meu caminho


Enquanto cai o fim da tarde

Escorre um verso que me arde


E quando o sol finalmente se deita

Percebo a morte à minha espreita


Mas a lua se levanta

E minha'lma ainda canta...

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