sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
"Minha medida? Amor.
E tua boca na minha
Imerecida.
Minha vergonha? O verso
Ardente. E o meu rosto
Reverso de quem sonha."
(Hilda Hilst)
Imerecida.
Minha vergonha? O verso
Ardente. E o meu rosto
Reverso de quem sonha."
(Hilda Hilst)
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
lusco fusco
Agora, escuridão. É o que tem para hoje, a noite. E não há melhor hora para enxergar as coisas da sombra, que a claridade teimou em esconder. Coisas que tentaram fugir com o dia, camufladas no lusco fusco... (como se eu nao soubesse do poder dessa hora - e dessa outra, agora...) nesses raros instantes, diários, de tempo quase suspenso, entre dia e noite, sendo nem um nem outro. Não sendo. E quase ninguém percebe...
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
"de quando falta poesia enquanto sobra sonho"
tanto sonho sobra,
que dobra
que dobra
tivesse mais poesia,
eu fazia
eu fazia
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
'Ele tem a qualidade de seus defeitos...'
(VERGER, 2000:36).
"Claro. Exu é todos os meus momentos, meu momento de ira, meu momento de alegria, o qual estou amando, o qual eu não amo ninguém, Exu é minha queixa, Exu é minha dor, minha lágrima e é meus amores, todos os amores. Pra mim Exu é o todo, Exu não se divide.”
(Mãe Beata de Iemanja)
"Claro. Exu é todos os meus momentos, meu momento de ira, meu momento de alegria, o qual estou amando, o qual eu não amo ninguém, Exu é minha queixa, Exu é minha dor, minha lágrima e é meus amores, todos os amores. Pra mim Exu é o todo, Exu não se divide.”
(Mãe Beata de Iemanja)
LAROYÊ!
domingo, 16 de janeiro de 2011
entre(tempo(rais)
um sol suave,
quase fresco...
asfalto quente,
e enfim, seco!
silêncio duro
feito o chão
feito o tempo
no corpo que muda
numa folha que cai
assim, quase úmida,
outra tarde se vai...
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Chovem duas chuvas
Chovem duas chuvas:
de água e de jasmins
por estes jardins
de flores e de nuvens.
Sobem dois perfumes
por estes jardins:
de terra e jasmins,
de flores e chuvas.
E os jasmins são chuvas
e as chuvas, jasmins,
por estes jardins
de perfume e nuvens
(Cecília Meireles)
de água e de jasmins
por estes jardins
de flores e de nuvens.
Sobem dois perfumes
por estes jardins:
de terra e jasmins,
de flores e chuvas.
E os jasmins são chuvas
e as chuvas, jasmins,
por estes jardins
de perfume e nuvens
(Cecília Meireles)
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
FATAL
"Os moços tão bonitos me doem,
impertinentes como limões novos.
Eu pareço uma atriz em decadência,
mas, como sei disso, o que sou
é uma mulher com um radar poderoso.
Por isso, quando eles não me vêem
como se dissessem: acomoda-te no teu galho,
eu penso: bonitos como potros. Não me servem.
Vou esperar que ganhem indecisão. E espero.
Quando cuidam que não,
estão todos no meu bolso."
(Adélia Luzia Prado Freitas)
Exausto
Eu quero uma licença de dormir,
perdão pra descansar horas a fio,
sem ao menos sonhar
a leve palha de um pequeno sonho.
Quero o que antes da vida
foi o sono profundo das espécies,
a graça de um estado.
Semente.
Muito mais que raízes.
(Adélia Prado in "Bagagem")
perdão pra descansar horas a fio,
sem ao menos sonhar
a leve palha de um pequeno sonho.
Quero o que antes da vida
foi o sono profundo das espécies,
a graça de um estado.
Semente.
Muito mais que raízes.
(Adélia Prado in "Bagagem")
Da Morte
Se eu soubesse
Te tomaria
E então descansarias.
Se sussurrares
Te prometo, morte,
Se me tocares,
Ao invés de Morte
Teu nome verdadeiro
Te tomaria
Úmida, tênue
E então descansarias.
Se sussurrares
Teu nome secreto
Nos meus caminhos
Entre a vida e o sono
Te prometo, morte,
A vida de um poeta.
A minha: Palavras vivas, fogo, fonte.
Se me tocares,
Amantíssima, branda
Como fui tocada pelos homens
Ao invés de Morte
Te chamo
Poesia
Fogo, Fonte, Palavra viva
Sorte.
(Hilda Hilst)
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