Não, não sou essa.
Eu sou aquela...
Sou outra.
Mas não a outra...
E entretanto,
entre tantas,
(que nem ele sabe quantas)
sou eu, quem ele não esqueceu...
Muito prazer, sou eu,
aquela que você leu...
Sou eu naquelas linhas,
que eu mesma nunca li,
e no entanto são tão minhas...
Sou eu também,
na parede e na estante.
Sou quem o tempo guardou.
(sumi quando meu tempo acabou)
Mas sou eu, ainda que distante.
Tem muito de mim naquelas linhas,
muito mais do que nas minhas...
Sou eu, sou eu mesma!
Só que não sou mais a mesma...
E sou eu, e nunca fui dele...
nem tampouco ele foi meu...
Ainda assim, fomos.
(e ainda somos)
Mas esse conto, inacabado,
não é dele nem é meu...
Essa história sem futuro,
que ainda vive do passado,
foi o acaso quem escreveu.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário