segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Vandalismo
Meu coração tem catedrais imensas,
Templos de priscas e longínquas datas,
Onde um nume de amor, em serenatas,
Canta a aleluia virginal das crenças.
Na ogiva fúlgida e nas colunatas
Vertem lustrais irradiações intensas
Cintilações de lâmpadas suspensas
E as ametistas e os florões e as pratas.
Como os velhos Templários medievais
Entrei um dia nessas catedrais
E nesses templos claros e risonhos...
E erguendo os gládios e brandindo as hastas,
No desespero dos iconoclastas
Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos!
(Augusto dos Anjos)
Templos de priscas e longínquas datas,
Onde um nume de amor, em serenatas,
Canta a aleluia virginal das crenças.
Na ogiva fúlgida e nas colunatas
Vertem lustrais irradiações intensas
Cintilações de lâmpadas suspensas
E as ametistas e os florões e as pratas.
Como os velhos Templários medievais
Entrei um dia nessas catedrais
E nesses templos claros e risonhos...
E erguendo os gládios e brandindo as hastas,
No desespero dos iconoclastas
Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos!
(Augusto dos Anjos)
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Livreiro que tudo sabes,
disseste "a sorte está lançada"
Mas será que tua ou minha?
Saberás ao fim da estrada...
Aposte, e apostarei,
quem ganhar não perde nada
e quem perder aposta de novo...
até que a aposta fique empatada!
Aposte que voltarei,
(en)sonho de madrugada...
E deixe a janela aberta,
chegarei na hora errada...
Espere, e saberei...
que agora ainda não sei nada.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
os Botos
E assim, eu fui, esperando ao menos um boto encontrar... Soube que estavam lá, da primeira vez, podia sentir... Mas devia saber que os botos são seres muito espertos... eles sabem se esconder. E só se mostrar quando acham que devem, quando querem que alguém os veja.
Ao primeiro entardecer na lagoa eles vieram. Mas apenas para ver quem chegava, e não ser vistos. Quem eram aqueles estranhos atrevidos na lagoa deles?
Vai ver, acharam que havia muitos homens, e foram embora sem se deixar notar. Esperaram o momento certo, sem subir para respirar...
E então, na última hora, quando o fim da tarde é laranja e o sol ofusca a visão, só eu e ela na canoa, e um homem da água (com quem eles já estavam acostumados) a remar, eles vieram! Lindos, exibindo seus dorsos num tom de rosa acizentado, a se mostrar!
E fizeram o que se espera de um boto: encantaram as moças, deixaram-nas sem ar.
E sumiram, foram embora... nem adiantou procurar.
Ao primeiro entardecer na lagoa eles vieram. Mas apenas para ver quem chegava, e não ser vistos. Quem eram aqueles estranhos atrevidos na lagoa deles?
Vai ver, acharam que havia muitos homens, e foram embora sem se deixar notar. Esperaram o momento certo, sem subir para respirar...
E então, na última hora, quando o fim da tarde é laranja e o sol ofusca a visão, só eu e ela na canoa, e um homem da água (com quem eles já estavam acostumados) a remar, eles vieram! Lindos, exibindo seus dorsos num tom de rosa acizentado, a se mostrar!
E fizeram o que se espera de um boto: encantaram as moças, deixaram-nas sem ar.
E sumiram, foram embora... nem adiantou procurar.
terça-feira, 25 de agosto de 2009
"A Bruxa e a Arte do Sonhar"
"No caminho do guerreiro, mulheres não se sentem importantes porque importantes marés caem furiosamente. No caminho do guerreiro, mulheres são a fúria. Elas permanecem furiosamente impassíveis sob qualquer circunstância. Elas não exigem nada e, ainda assim, estão prontas para dar qualquer coisa de si mesmas. Elas procuram furiosamente um sinal do espírito das coisas na forma de palavras ou de um simples gesto e, quando conseguem achá-lo, expressam sua gratidão redobrando sua fúria. No caminho do guerreiro, mulheres não julgam. Elas se reduzem furiosamente a nada para poder ouvir e ver; só assim poderão vencer, sendo humildes pela sua conquista, ou perder, sendo realçadas pela sua derrota. No caminho do guerreiro, mulheres não se rendem. Elas podem ser derrotadas milhares de vezes, mas nunca rendidas. No caminho do guerreiro, acima de tudo, as mulheres são livres."
(Florinda Donner-Grau, em "A Bruxa e a Arte do Sonhar")
(Florinda Donner-Grau, em "A Bruxa e a Arte do Sonhar")
Caixinha de Segredo
Verde III
As rimas verdes que achei no mato
guardei na caixinha de segredo,
presente que um dia há de secar,
e separadas por pares,
juntei com o canto dos pássaros
e as histórias de lá de longe...
Os versos livres e ímpares
que brotaram no caminho,
trouxe soltos na bagagem,
verdes e perfumados
exalando o cheiro da floresta
que ainda sinto se respirar bem fundo...
Verdes, como tudo que que é novo,
e lagartas que um dia voarão borboletas...
Livres como a água dos rios que correm,
mutantes e incompletos...
afinal, são verdes, ainda...
e serão sempre!
terça-feira, 18 de agosto de 2009
diz a lenda...
Amor chovia
Choveriscou
Tava lavando roupa maninha
quando boto me pegou
Ó Joaninha Vintém
Boto era feio ou não?
Ai era um moço loiro, maninha
tocador de violão
Me pegou pela cintura...
Depois o que aconteceu?
Gente!
Olhe a tapioca embolando nos tachos
Mas que Boto safado!
(Raul Bopp, em "Cobra Norato")
////
"Tajapanema chorou no terreiro,
Tajapanema chorou no terreiro,
E a virgem morena fugiu pro costeiro.
Foi boto, sinhá,
Foi boto, sinhô,
Que veio tentar
E a moça levou.
Não tarda a dançar,
Aquele doutor,
Foi boto, sinhá,
Foi boto, sinhô.
Tajapanema chorou no terreiro,
Tajapanema chorou no terreiro,
Quem tem filha moça é bom vigiar.
Foi boto, sinhá,
Foi boto, sinhô,
Que veio tentar
E a moça levou.
O boto não dorme,
No fundo do rio,
Seu dom é enorme,
Quem quer que o viu,
Que diga, que informe,
Se lhe resistiu,
O boto não dorme,
No fundo do rio."
(Antônio Tavernard)
tô indo, e quero só ver o Boto...
Choveriscou
Tava lavando roupa maninha
quando boto me pegou
Ó Joaninha Vintém
Boto era feio ou não?
Ai era um moço loiro, maninha
tocador de violão
Me pegou pela cintura...
Depois o que aconteceu?
Gente!
Olhe a tapioca embolando nos tachos
Mas que Boto safado!
(Raul Bopp, em "Cobra Norato")
////
"Tajapanema chorou no terreiro,
Tajapanema chorou no terreiro,
E a virgem morena fugiu pro costeiro.
Foi boto, sinhá,
Foi boto, sinhô,
Que veio tentar
E a moça levou.
Não tarda a dançar,
Aquele doutor,
Foi boto, sinhá,
Foi boto, sinhô.
Tajapanema chorou no terreiro,
Tajapanema chorou no terreiro,
Quem tem filha moça é bom vigiar.
Foi boto, sinhá,
Foi boto, sinhô,
Que veio tentar
E a moça levou.
O boto não dorme,
No fundo do rio,
Seu dom é enorme,
Quem quer que o viu,
Que diga, que informe,
Se lhe resistiu,
O boto não dorme,
No fundo do rio."
(Antônio Tavernard)
tô indo, e quero só ver o Boto...
"o conto que ela não ia contar... (mas eu vou!)" parte I
Fazia calor, mas não muito...
Uma típica tarde de primavera, sol e flores. Tudo certo, nada resolvido, e ela já ia embora... Ele se aproxima e a cumprimenta com um beijo. E não diz nada. Ela pensa que ele tem o par de olhos mais lindo que ela já viu na vida, e o par de tênis mais engraçado também. E não diz nada. Pronto, estava feito.
Mas, ainda sem se dar conta, ela esquece... ou melhor - nem lembra. Nem soube quem era... E também, a beleza está sempre nos olhos dela, são eles que insistem em enxergá-la em tudo... Quase sempre. E arruma a mala outra vez...
Chove muito(e não poderia ser diferente...) Ela está arrumando as malas de novo... se olhando no espelho lembra pela primeira vez do menino dos olhos. Como era mesmo o nome dele? Acha que nem soube, e não liga, não faz diferença... Esquece de novo, e se apressa - com chuva o atraso é sempre maior. Fecha a mala, e sai na chuva, desarrumada.
Meia-noite era o combinado. Desconhecidos. Pressa. Ele, chega na hora (ele sempre chegará...). Na hora exata para que ela se lembre que não havia esquecido...
(... continua)
Uma típica tarde de primavera, sol e flores. Tudo certo, nada resolvido, e ela já ia embora... Ele se aproxima e a cumprimenta com um beijo. E não diz nada. Ela pensa que ele tem o par de olhos mais lindo que ela já viu na vida, e o par de tênis mais engraçado também. E não diz nada. Pronto, estava feito.
Mas, ainda sem se dar conta, ela esquece... ou melhor - nem lembra. Nem soube quem era... E também, a beleza está sempre nos olhos dela, são eles que insistem em enxergá-la em tudo... Quase sempre. E arruma a mala outra vez...
Chove muito(e não poderia ser diferente...) Ela está arrumando as malas de novo... se olhando no espelho lembra pela primeira vez do menino dos olhos. Como era mesmo o nome dele? Acha que nem soube, e não liga, não faz diferença... Esquece de novo, e se apressa - com chuva o atraso é sempre maior. Fecha a mala, e sai na chuva, desarrumada.
Meia-noite era o combinado. Desconhecidos. Pressa. Ele, chega na hora (ele sempre chegará...). Na hora exata para que ela se lembre que não havia esquecido...
(... continua)
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
"Não te fies do tempo nem da eternidade,
que as nuvens me puxam pelos vestidos
que os ventos me arrastam contra o meu desejo!
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
que amanhã morro e não te vejo!
Não demores tão longe, em lugar tão secreto,
nácar de silêncio que o mar comprime,
o lábio, limite do instante absoluto!
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
que amanhã eu morro e não te escuto!
Aparece-me agora, que ainda reconheço
a anêmona aberta na tua face
e em redor dos muros o vento inimigo...
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
que amanhã eu morro e não te digo..."
(Canção / Cecília Meireles)
que as nuvens me puxam pelos vestidos
que os ventos me arrastam contra o meu desejo!
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
que amanhã morro e não te vejo!
Não demores tão longe, em lugar tão secreto,
nácar de silêncio que o mar comprime,
o lábio, limite do instante absoluto!
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
que amanhã eu morro e não te escuto!
Aparece-me agora, que ainda reconheço
a anêmona aberta na tua face
e em redor dos muros o vento inimigo...
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
que amanhã eu morro e não te digo..."
(Canção / Cecília Meireles)
domingo, 16 de agosto de 2009
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Meu sonho
mas o sonho é da Cecília, e não meu...
"Parei as águas do meu sonho
para teu rosto se mirar.
Mas só a sombra dos meus olhos
ficou por cima, a procurar...
Os pássaros da madrugada
não têm coragem de cantar,
vendo o meu sonho interminável
e a esperança do meu olhar.
Procurei-te em vão pela terra,
perto do céu, por sobre o mar.
Se não chegas nem pelo sonho,
por que insisto em te imaginar ?
Quando vierem fechar meus olhos,
talvez não se deixem fechar.
Talvez pensem que o tempo volta,
e que vens, se o tempo voltar."
(Meireles, de novo, enquanto espero...)
"Parei as águas do meu sonho
para teu rosto se mirar.
Mas só a sombra dos meus olhos
ficou por cima, a procurar...
Os pássaros da madrugada
não têm coragem de cantar,
vendo o meu sonho interminável
e a esperança do meu olhar.
Procurei-te em vão pela terra,
perto do céu, por sobre o mar.
Se não chegas nem pelo sonho,
por que insisto em te imaginar ?
Quando vierem fechar meus olhos,
talvez não se deixem fechar.
Talvez pensem que o tempo volta,
e que vens, se o tempo voltar."
(Meireles, de novo, enquanto espero...)
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
"À Que Há de Vir no Último Dia"
A chuva desce vagarosa... Continua...
Ploc... Plac... E ninguém... Beatitudes de sono...
E eu sozinha, esperando os Teus passos na rua,
Como o próprio abandono esperando o abandono!...
(Cecília Meireles)
Ploc... Plac... E ninguém... Beatitudes de sono...
E eu sozinha, esperando os Teus passos na rua,
Como o próprio abandono esperando o abandono!...
(Cecília Meireles)
o soneto voador II
essa noite ele voou!
simples assim!
disse: "eu vou"
e voou para mim
ensonho, não por acaso
esperei e ele veio
e profundo, mas tão raso
despertei ainda no meio
do que escrevo ele não sabe
mas conhece o que procuro
ponte invisível que desabe
espere por mim no escuro
encanto que não se acabe
infinito, de tão puro...
simples assim!
disse: "eu vou"
e voou para mim
ensonho, não por acaso
esperei e ele veio
e profundo, mas tão raso
despertei ainda no meio
do que escrevo ele não sabe
mas conhece o que procuro
ponte invisível que desabe
espere por mim no escuro
encanto que não se acabe
infinito, de tão puro...
terça-feira, 11 de agosto de 2009
"Mulheres que correm com os lobos"
"Todas nós temos anseio pelo que é selvagem. Existem poucos antídotos aceitos por nossa cultura para esse desejo ardente. Ensinaram-nos a ter vergonha desse tipo de aspiração. Deixamos crescer o cabelo e o usamos para esconder nossos sentimentos. No entanto, o espectro da Mulher Selvagem ainda nos espreita de dia e de noite. Não importa onde estejamos, a sombra que corre atrás de nós tem decididamente quatro patas."
(Clarissa Pinkola Estés, em "Mulheres que correm com os lobos")
(arte: Jackson Pollock "The She Wolf")
TERRORISMO POÉTICO (TP)
Porque nem só de flores se faz poesia...
"Dançar de forma bizarra durante a noite inteira nos caixas eletrônicos dos banco. Apresentações pirotécnicas não autorizadas. Land-art, peças de argila que sugerem estranhos artefatos alienígenas espalhados em parques estaduais. Arrombe apartamentos, mas, em vez de roubar, deixe objetos Poético-Terroristas. Seqüestre alguém & o faça feliz.
Escolha alguém ao acaso & o convença de que é herdeiro de uma enorme, inútil & impressionante fortuna – digamos, 5 mil quilômetros quadrados na Antártica, um velho elefante de circo, um orfanato em Bombaim ou uma coleção de manuscritos de alquimia. Mais tarde, essa pessoa perceberá que por alguns momentos acreditou em algo extraordinário & talvez se sinta motivada a procurar um modo mais interessante de existência.
Coloque placas de bronze comemorativas nos lugares (públicos ou privados) onde você teve uma revelação ou viveu uma experiência sexual particularmente inesquecível etc.
Fique nu para simbolizar algo.
Organize uma greve em sua escola ou trabalho em protesto por eles não satisfazerem a sua necessidade de indolência & beleza espiritual.
A arte do grafite emprestou alguma graça aos horríveis vagões do metrô & sóbrios monumentos públicos – a arte-TP também pode ser criada para lugares públicos: poemas rabiscados nos lavabos dos tribunais, pequenos fetiches abandonados em parques & restaurantes, arte-xerox sob o limpador de pára-brisas de carros estacionados, slogans escritos com letras gigantes nas paredes de playgrunds, cartas anônimas enviadas a destinatários previamente eleitos ou escolhidos ao acaso (fraude postal), transmissões de rádio piratas. Cimento fresco...
A reação do público ou choque-estético produzido pelo TP tem de ser uma emoção ao menos tão forte quanto o terror – profunda repugnância, tesão sexual, temor supersticioso, súbitas revelações intuitivas, angústia dadísta – não importa se o TP é dirigido a apenas uma ou várias pessoas, se é “assinado” ou anônimo: se não mudar a vida de alguém (além da do artista), ele falhou.
TP é um ato num Teatro da Crueldade sem palco, sem fileiras de poltronas, sem ingressos ou paredes. Pare que funcione, o TP deve afastar-se de forma categórica de todas as estruturas tradicionais para o consumo de arte (galerias, publicações, mídia). Mesmo as táticas da guerrilha Situacionista do teatro de rua talvez já tenham se tornado conhecidas & previsíveis demais.
Uma primorosa sedução praticada não apenas em busca da satisfação mútua, mas também como um ato consciente de uma vida deliberadamente bela – talvez isso seja o TP em seu alto grau. Os Terroristas-Poéticos comportam-se como um trapaceiro totalmente confiante cujo objetivo não é dinheiro, mas transformação.
Não faça TP Para outros artistas, faça-o para aquelas pessoas que não perceberão (pelo menos não imediatamente) que aquilo que você fez é arte. Evite categorias artísticas reconhecíveis, evite politicagem, não argumente, não seja sentimental. Seja brutal, assuma riscos, vandalize apenas o que deve ser destruído, faça algo de que as crianças se lembrarão por toda a vida – mas não seja espontâneo a menos que a musa do TP tenha se apossado de você.
Vista-se de forma intencional. Deixe um nome falso. Torne-se uma lenda. O melhor TP é contra a lei, mas não seja pego. Arte como crime; crime como arte."
(CAOS – TERRORISMO POÉTICO & OUTROS CRIMES EXEMPLARES / por Hakim Bey)
citarei outras passagens depois... mas para quem quiser "quase" tudo agora, tem aqui
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
quando a noite chegar...
Eu hoje quero sair para respirar a noite! E guardá-la no fundo dos pulmões, com lua cheia e estrelas, e tudo mais... e entre um trago e outro perceber as luzes coloridas da cidade, tornando-se cada vez mais distorcidas ao passar das horas, e ouvir a música misturada às vozes embaralhadas jogando conversa fora... e molhar as palavras com espuma, e deixar o pensamento ir com o vento... Brindar e brindar e brindar de novo... à noite! À essa noite! E sentir a brisa da madrugada chegando enquanto volto para casa...
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Quase Tudo
Tudo que dá pra sentir
Quase que dá pra pensar
Tudo que dá pra pensar
Quase que dá para ouvir
Tudo que dá para ouvir
Quase que dá para ver
Tudo que dá para ver
Quase que dá pra pegar
Tudo que dá pra pegar
Quase que dá para ter
Tudo que dá para ter
Quase que dá para dar
E quase tudo dá
(Péricles Cavalcanti / Arnaldo Antunes)
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