quarta-feira, 17 de junho de 2009

o "quase nada"

ele escreve em mil desenhos
a expressão do que não sente
e no fim de tantos meios
não diz nada, e sei que mente

desenhando em poemas curvos
de linhas tortas e frases abertas
palavras soltas, sentidos turvos
versos livres de rimas incertas

e eu ainda sonho os rabiscos dele
vez ou outra, de madrugada
muito pouco, ou quase nada

e ele não dorme nos versos meus
e ainda passeia por onde eu ando
nas entrelinhas nos desencontrando...

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