Antes do teu olhar, não era,
nem será depois, - primavera.
Pois vivemos do que perdura,
não do que fomos. Desse acaso
do que foi visto e amado:- o prazo
do Criador na criatura...
Não sou eu, mas sim o perfume
que em ti me conserva e resume
o resto, que as horas consomem.
Mas não chores, que no meu dia,
há mais sonho e sabedoria
que nos vagos séculos do homem.
(Cecília Meireles)
segunda-feira, 29 de junho de 2009
5º motivo da rosa
sábado, 27 de junho de 2009
FEVER
Never know how much I love you
Never know how much I care
When you put your arms around me
I get a fever that's so hard to bear
You give me fever when you kiss me
Fever when you hold me tight
Fever in the morning
Fever all through the night.
Ev'rybody's got the fever
that is something you all know
Fever isn't such a new thing
Fever started long ago
Sun lights up the daytime
Moon lights up the night
I light up when you call my name
And you know I'm gonna treat you right
You give me fever when you kiss me
Fever when you hold me tight
Fever in the morning
Fever all through the night
Romeo loved Juliet
Juliet she felt the same
When he put his arms around her
He said 'Julie, baby, you're my flame
Thou giv-est fever when we kisseth
Fever with the flaming youth
Fever I'm afire
Fever yea I burn for sooth'
Captain Smith and Pocahantas
Had a very mad affair
When her daddy tried to kill him
She said 'Daddy, o, don't you dare
He gives me fever with his kisses
Fever when he holds me tight
Fever, I'm his misses,
Oh daddy, won't you treat him right'
Now you've listened to my story
Here's the point that I have made
Cats were born to give chicks fever
Be it Fahrenheit or centigrade
They give you fever when you kiss them
Fever if you live and learn
Fever till you sizzle
What a lovely way to burn
What a lovely way to burn
What a lovely way to burn
sexta-feira, 26 de junho de 2009
quarta-feira, 24 de junho de 2009
conversa delas:
(@) - ah!!! e ele, que pensa que sabe das minhas?
(*) - ... quem sabe, se ele lêsse, seriam outras histórias...
(@) - as suas histórias?
(*) - é... as minhas, essas deles...
(#) - mas e ele, que não pensa e não sabe? mas está sempre nelas...
(@) - qual? o que também escreve as dele?
(#) - é, o que escreve dela...
(*) - não, ele não sabe das minhas... só das que escrevi para ele...
(§) - e como será que é ela, nas histórias dele?
(continua)
segunda-feira, 22 de junho de 2009
(sem dono?)
"você sabe que te espero...
venha...
mas não venha mais em sonho...
apenas venha..
como as águas do rio...
e o vento forte do sul...
abrirei minha janela...
e assim...
hei de te encontrar...
aqui."
já procurei horrores, em google, em tudo... e não acho! será que eu li isso mesmo? se alguém conhecer...
" (...)
Sou rainha do meu tanque
Sou Pagu indignada no palanque
Fama de porra louca
Tudo bem!
Minha mãe
É Maria Ninguém
Não sou atriz
Modelo, dançarina
Meu buraco é mais em cima
Porque nem!
Toda feiticeira é corcunda
Nem!
Toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Eu sou mais macho
Que muito homem..."
(Pagu)
e hoje canta a maria rita
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Ele tinha razão: LUGAR DE MULHER É NO TANQUE!
e de um outro "quase nada" mais recente...
De você sei quase nada
Pra onde vai ou porque veio
Nem mesmo sei
Qual é a parte da tua estrada
No meu caminho
Será um atalho
Ou um desvio
Um rio raso
Um passo em falso
Um prato fundo
Pra toda fome
Que há no mundo
Noite alta que revele
Um passeio pela pele
Dia claro madrugada
De nós dois não sei mais nada
Se tudo passa como se explica
O amor que fica nessa parada
Amor que chega sem dar aviso
Não é preciso saber mais nada
(Quase nada / Zeca Baleiro e Alice Ruiz)
quarta-feira, 17 de junho de 2009
o "quase nada"
a expressão do que não sente
e no fim de tantos meios
não diz nada, e sei que mente
desenhando em poemas curvos
de linhas tortas e frases abertas
palavras soltas, sentidos turvos
versos livres de rimas incertas
e eu ainda sonho os rabiscos dele
vez ou outra, de madrugada
muito pouco, ou quase nada
e ele não dorme nos versos meus
e ainda passeia por onde eu ando
nas entrelinhas nos desencontrando...
terça-feira, 16 de junho de 2009
open
& full of rest
I can't describe
the way she's dress'd
She'll pander to some strange
requests
Anything that you suggest
Anything to please her guest"
(Lizard King)
Power
I can become gigantic & reach the
farthest things. I can change
the course of nature.
I can place myself anywhere in
space or time.
I can summon the dead.
I can perceive events on other worlds,
in my deepest inner mind,
& in the minds of others.
I can
I am"
(oh yeah babe, he is the Lizard King, he can do anything!)
no silêncio absoluto e estrondoso dos meus pensamentos
cheia de mim mesma
impregnada de tudo que é do meu mundo
viajando muda entre absurdos
e sem nada a dizer
emprestando palavras alheias
preenchendo espaços imaginários
escrevendo linhas em branco
vazias de idéias novas
por enquanto
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Apaixonite Aguda
L'amour
L'amour, hum hum, pas pour moi,
Tous ces "toujours",
C'est pas net, ça joue des tours,
Ça s'approche sans se montrer,
Comme un traître de velours,
Ça me blesse, ou me lasse, selon les jours
L'amour, hum hum, ça ne vaut rien,
Ça m'inquiète de tout,
Et ça se déguise en doux,
Quand ça gronde, quand ça me mord,
Alors oui, c'est pire que tout,
Car j'en veux, hum hum, plus encore,
Pourquoi faire ce tas de plaisirs, de frissons, de caresses, de pauvres promesses ?
A quoi bon se laisser reprendre
Le coeur en chamade,
Ne rien y comprendre,
C'est une embuscade,
L'amour, hum hum, ça ne va pas,
C'est pas du Saint Laurent,
Ça ne tombe pas parfaitement,
Si je ne trouve pas mon style ce n'est pas faute d'essayer,
Et l'amour, hum hum, je laisse tomber!
A quoi bon ce tas de plaisirs, de frissons, de caresses, de pauvres promesses?
Pourquoi faire se laisser reprendre,
Le coeur en chamade,
Ne rien y comprendre,
C'est une embuscade,
L'amour, hum hum, j'en veux pas
J'préfère de temps en temps
Je préfère le goût du vent
Le goût étrange et doux de la peau de mes amants,
Mais l'amour, hum hum, pas vraiment!
(Carla Bruni)
em homenagem ao Dia dos Namorados, um post falando (mal) do amor...
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Para ler de manhã e à noite
Disse-me
Que precisa de mim.
Por isso
Cuido de mim
Olho meu caminho
E receio ser morta
Por uma só gota de chuva."
(Bertolt Brecht)
quarta-feira, 10 de junho de 2009
sobre homens e laranjas
o mundo gira-gira
me lembro:
tinha aprendido como fazer parar
e esqueci!
segunda-feira, 8 de junho de 2009
...
...
sozinha
denovo
onírica ótica satírica e cósmica
Sonhadores sem sono
Melhor viver pra poder sonhar
Mais de um café solar pra não passar do ponto
Com os olhos bem abertos
Solarizado e pronto
Pro sonho instatâneo, original
Sem precisar contar ovelhas
Nem travesseiro surreal
Rápido pros sonhos
Cedo pra dormir
Rápido pros sonhos
Vez em quando o mundo é pouco
Quase nada pro que vem a seguir
De vez em quando o mundo é pouco
Quase nada pro que vem a seguir
Na ladeira da sua hora
Nunca é tarde pra sonhar
Mas isso quando se pode dormir
Na ladeira da sua hora
Nunca é tarde pra sonhar
Mas isso quando se pode dormir
Ainda não mataram os melhores devaneios
E quando rola colorido por aqui
É preto e branco nesse meio
O solar do juízo abre as portas da vida real
Um novo despertar da carne
Desigual
Rápido pros sonhos
Cedo pra dormir
Rápido pros sonhos
Cedo demais pra dormir e muito rápido pros sonhos
Onírica ótica satírica e cósmica"
(Jorge Du Peixe/Rodrigo Brandão)
domingo, 7 de junho de 2009
O Truque
sexta-feira, 5 de junho de 2009
quinta-feira, 4 de junho de 2009
"Dedução"
"Não acabarão nunca com o amor,
nem as rusgas,
nem a distância.
Está provado,
pensado,
verificado.
Aqui levanto solene
minha estrofe de mil dedos
e faço o juramento:
Amo
firme,
fiel
e verdadeiramente."
Vladimir Maiakovski (1922)
quarta-feira, 3 de junho de 2009
do passeio da noite passada
nunca pôde ser vazia...
nem ter hora para voltar
só as ruas e avenidas
atravessam o bairro em silêncio
depois,
sentindo o gosto do infinito*
e cheiro de livros velhos
ler poesia em outras línguas
e voltar
a (en)sonhar
e dormir
p'racordar
*em alusão a Baudelaire, em Le goût de l'infini - Paradis Artificiels - que caiu no chão bem na minha frente, na biblioteca, "por acaso"
"Al Aaraaf"
Thus, in discourse, the lovers whiled away
The night that waned and waned and brought no day.
They fell: for Heaven to them no hope imparts
Who hear not for the beating of their hearts.
(Edgar Allan Poe, "Al Aaraaf, Tamerlane and Minor Poems" - 1829)
do passeio de ontem à biblioteca...
terça-feira, 2 de junho de 2009
E em outro piscar acordar,
segunda-feira, 1 de junho de 2009
o que é o que é ?
que tanto ela insiste e ainda procura?
será que não vê que já encontrou?
se quis e não teve, será que buscou?
que mais é tão dela, além da loucura?
que tanto ela inventa que não satisfaz?
que sede infinita, quanta ansiedade...
que ânsia esquisita, que tanta vaidade...
que é que ela espera e o vento não traz?
que é muito, e para ela não é o bastante,
que tudo ela faz, e ainda quer mais,
que cada querer é sempre um distante,
quão pouco ela tem que nunca é demais?
e sempre ela almeja o que é inconstante,
esquece ela mesma, que deixou para trás...
...
can't sleep
As horas se foram e o sono não veio. Mais uma noite que ela escreveu... tentou pensar em outra coisa, assistiu dois filmes inteiros, chorou, fumou... quase adormeceu... mas elas chegaram, de novo - as palavras! E já vieram fazendo festa - umas rimando, prontas, outras girando, tontas. E sem querer, bem por acaso, encarou uma caneta. Olhou para ela... hesitou por um um instante, mas o caderno novinho, cheio de folhas em branco e linhas retas para desenrolar fez mais vontade... e lá foi ela escrever no escuro, em verso e prosa, os sonhos da noite que não dormiu...
(continua...)