minha alma é a guerra
batalha
peleja
fio de navalha
(cego antes que veja)
e como antes outra vez
linha de frente
nunca talvez
meu espírito, doce
amor, água clara
corrente e correnteza
puro ouro, realeza
meu corpo-flecha
que nunca erra
mira e espreita
o silencio, a hora certa
a coisa feita
meu caminho é o vento
brisa ou vendaval
rodopia e muda a direção
vórtice
o raio, antes do trovão
o trovão, segredo
bruto
que falta e que sou
o que sinto é um exagero
desespero
começo e fim de tudo
ventre do mundo
toda dor e todo amor
e sendo guerra
aprender paz
que uma sem outra
não se faz
quinta-feira, 3 de julho de 2014
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