domingo, 25 de novembro de 2012
terça-feira, 6 de novembro de 2012
Loca de Atar
Myriam Moya Ten
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Las trece cualidades
Las ancianas son atrevidas
Las ancianas tienen mano para las plantas
Las ancianas meditan a su manera
Las ancianas defienden con fiereza lo que más les importa
Las ancianas deciden su camino con el corazón
Las ancianas dicen la verdad con compasión
Las ancianas escuchan su cuerpo
Las ancianas improvisan
Las ancianas no imploran
Las ancianas se ríen juntas
Las ancianas saborean lo positivo de la vida "
LAS BRUJAS NO SE QUEJAN - Jean Shinoda Bolen
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
terça-feira, 28 de agosto de 2012
Maya
de que toda matéria é energia
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
terça-feira, 14 de agosto de 2012
"...porque puedo entrar y puedo salir en el reino de la muerte."
soy la mujer que sola caí
soy la mujer que espera
soy la mujer que examina
soy la mujer que mira hacia dentro
soy la mujer que busca debajo del agua
porque puedo nadar en lo grandioso.
Soy la mujer luna
soy la mujer que vuela
soy la mujer aerolito
soy la mujer constelación huarache
soy la mujer constelación bastón
soy la mujer estrella, Dios
porque vengo recorriendo los lugares desde su origen
Soy la mujer de la brisa
soy la mujer rocío fresco
soy la mujer del alba
soy la mujer crepúsculo.
Soy la mujer que brota
soy la mujer arrancada
soy la mujer que llora
soy la mujer que chifla
soy la mujer que hace sonar
soy la mujer tamborista
soy la mujer trompetista
soy la mujer violinista
soy la mujer que alegra
porque soy la payasa sagrada.
Soy la mujer piedra de sal
soy la mujer luz del día
soy la mujer que hace girar
soy la mujer del cielo
soy la mujer del Bien
soy la mujer pura
soy la mujer espíritu
porque puedo entrar y puedo salir en el reino de la muerte.
Soy la mujer que chupa
soy la mujer que limpia
soy la mujer que cura
soy la mujer hierbera
soy la mujer sabia en lenguaje
porque soy la mujer sabia en medicina"
(María Sabina)
terça-feira, 7 de agosto de 2012
As Árvres Somo Nozes
Quando em tronco encontrares teu corpo feito,
já teus pés em raízes vão estar
procurando na terra,
da água, o leito,
e não mais braços, sim galhos
pra se abraçar !
Em árvore transmutado,
poderás entender
o que a força do mato
já começa à dizer !
Muito além do humano
conceito "respeito",
mais do que teus países hão de dar,
há um todo completo,
um feito perfeito, fazes parte,
impossível separar !
Planta, enfim, com cuidado
tudo o que hás de colher,
todo ato é um parto,
vida é ser o aprender !
Não és dono do mundo,
não és deus, nem o topo da tua evolução !
Quando o tronco em teu corpo
mostrar teu peito,
lá, bem mais do que dizes, vão estar,
costurando a matéria
da alma que és feito,
grãos e laços
no abraço pra te plantar
o infinito do espaço
onde irás compreender que essa força, de fato,
te arremessa á viver !
Sobra Tanta Falta
Como uma praia
Falta tanta coisa na memória
Como o rosto dele
Falta tanto tempo no relógio
Quanto uma semana
Sobra tanta falta de paciência
Que me desespero
Sobram tantas meias-verdades
Que guardo pra mim mesmo
Sobram tantos medos
Que nem me protejo mais
Sobra tanto espaço
Dentro do abraço
Falta tanta coisa pra dizer
Que nunca consigo
Sei lá,
Se o que me deu foi dado
Sei lá,
Se o que me deu já é meu
Sei lá,
Se o que me deu foi dado ou se é seu
Sei lá... sei lá... sei lá....
Vai saber,
Se o que me deu , quem sabe?
Vai saber,
Quem souber me salve
Vai saber,
O que me deu, quem sabe?
Vai saber,
Quem souber me salve...
(Carlos Trevisan)
quinta-feira, 5 de julho de 2012
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Carta de Amor
Não mexe comigo, que eu não ando só,
eu não ando só… eu não ando só.
Não mexe não…
Não mexe comigo, que eu não ando só,
eu não ando só… eu não ando só.Eu tenho Zumbi, Besouro,
o chefe dos Tupis,
sou Tupinambá.
Tenho os Erês, caboclo boiadeiro,
mãos de cura.
Morubixaba, cocares, arco iris,
zarabatanas, curare, flechas e altares.
A velocidade da luz, o escuro da mata escura,
o breu, silêncio…
a espera.Eu tenho Jesus, Maria e José
todos os pajés em minha companhia.
O menino Deus brinca e dorme nos meus sonhos,
o poeta me contou.Não mexe comigo, que eu não ando só,
eu não ando só… eu não ando só.Não misturo, não me dobro.
A Rainha do Mar anda de mãos dadas comigo,
Ensina o baile das ondas e canta, canta, canta pra mim.
É do ouro de Oxum
que é feita a armadura que guarda o meu corpo,
garante o meu sangue, a minha garganta.
O veneno do mal não acha passagem.
Em meu coração, Maria acende sua luz
e me aponta o caminho.Me sumo no vento, cavalgo no raio de Iansã
giro o mundo,
viro, reviro,
Tô no Reconcavo, to em Fez.
Voo entre as estrelas, brinco de ser uma,
traço o cruzeiro do sul com a tocha da fogueira de João Menino
Rezo com as três marias.
Vou além,
me recolho no esplendor das nebulosas,
descanso nos vales, montanhas.
Durmo na forja de Ogum.
Mergulho no calor das lavas dos vulcões,
corpo vivo de Xangô.Não ando no breu,
nem ando na treva,
é por onde eu vou que o Santo me leva…Medo não me alcança,
no deserto me acho.
Faço cobra morder o rabo,
escorpião virar pirilampo.
Meus pés recebem balsamos,
unguentos suaves das mão de Maria,
irmã de Marta e Lázaro
no oásis de Bethania.Pensou que ando só,
atente ao tempo
não começa, nem termina:
é nunca, é sempre!
É tempo de reparar na balança de nobre cobre
que o rei equilibra
fulmina o injusto, deixa nua a justiça.Eu não provo do teu fel,
eu não piso no teu chão,
e pra onde você for, não leva o meu nome não…Onde vai, valente?
Você secou, seus olhos insones secaram
não vêem brotar a relva que cresce livre, verde
longe da tua cegueira.
Seus ouvidos se fecharam a qualquer música,
a qualquer som.
Nem o bem, nem o mal pensam em ti.
Ninguém te escolhe,
você pisa na terra mas não a sente,
apenas pisa,
apensa vaga sobre o planeta.
E já nem ouve as teclas do teu piano.
Você está tão mirrado que nem o Diabo te ambiciona,
não tem alma,
você é o oco do oco do oco do sem fim do mundo.O que é teu já tá guardado,
não sou eu que vou lhe dar…Eu posso engolir você,
só pra cuspir depois.
Minha fome é matéria que você não alcança.
Desde o leite do peito de minha mãe
até o sem fim dos versos, versos, versos…
que brotam no poeta, em toda poesia
sob a luz da lua que deita na palma da inspiração de Caymmi.
Se choro, quando choro e minha lagrima cai
é pra regar o capim que alimenta a vida.
Chorando eu refaço as nascentes que você secou.
Se desejo, o meu desejo faz subir marés
de sal e sortilégio.Vivo de cara para o vento, na chuva
e quero me molhar.
O terço de Fátima e o cordão de Gandhi cruzam meu peito.
Sou como haste fina,
que qualquer brisa verga,
mas nenhuma espada corta.Não mexe comigo, que eu não ando só,
eu não ando só… eu não ando só.
(Maria Bethânia)